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O que é ser Narcisista? Transtorno narcisista


Compreenda que o narcisismo é uma característica presente em todos nós, variando em intensidade. Este artigo explora o significado desse traço, abordando suas origens e particularidades.


O que é ser narcisista

O que é ser Narcisista

O narcisismo tornou-se um termo comum na psicologia e na saúde mental, descrevendo geralmente indivíduos egocêntricos com uma autoestima elevada. No entanto, essas características não abrangem totalmente a complexidade do narcisismo.

É crucial compreender que, em alguns casos, esse traço comportamental pode evoluir para um distúrbio. Abaixo, apresentamos uma definição mais clara e uma análise mais profunda dessa condição.


Narcisismo é um conceito que abrange

uma ampla gama, indo desde traços comuns de personalidade até um transtorno mais sério. Na psicologia, compreende-se que todos têm algum nível de narcisismo, existindo em um contínuo, onde as características narcísicas variam de pessoa para pessoa.


Em sua forma mais básica, o narcisismo é considerado uma parte normal do desenvolvimento pessoal. Desde cedo, é crucial cultivar a autoestima e a autoconfiança, reconhecendo nossas próprias necessidades, desejos e conquistas, contribuindo para uma identidade saudável.


No entanto, quando o narcisismo é excessivo, tornando-se um padrão rígido e prejudicial de comportamento e traço de personalidade, pode ser diagnosticado como transtorno de personalidade narcisista. Nesses casos, as características são mais pronunciadas, impactando significativamente a vida e os relacionamentos da pessoa.


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Transtorno narcisista

O transtorno de personalidade narcisista é caracterizado por uma preocupação excessiva consigo mesmo. Indivíduos afetados por esse distúrbio têm uma constante necessidade de serem admirados e reconhecidos, buscando atenção e validação externa. No entanto, essa busca por reconhecimento não se baseia em uma verdadeira autoestima ou autoconfiança, mas sim na necessidade contínua de reafirmar seu próprio valor.


No centro desse distúrbio, encontramos uma profunda falta de autoestima e grande fragilidade emocional. Pessoas narcisistas adotam uma fachada de confiança e superioridade como uma forma de se protegerem contra sentimentos de insegurança e vulnerabilidade. Essa defesa permite que elas mantenham uma imagem positiva de si mesmas, evitando encarar suas próprias limitações e deficiências.


Ao contrário dos traços narcisistas comuns, o transtorno de personalidade narcisista é mais rígido e prejudicial. Indivíduos com essa condição frequentemente enfrentam dificuldades para estabelecer relacionamentos saudáveis e autênticos, pois o foco principal está em seu próprio benefício, muitas vezes causando danos às pessoas ao seu redor.


Essas pessoas também podem experimentar um profundo senso de vulnerabilidade, reagindo de maneira agressiva ou defensiva diante de críticas ou falhas.

No entanto, é importante destacar que nem todas as pessoas com traços narcisistas desenvolvem um transtorno de personalidade. Muitos indivíduos podem exibir comportamentos ou atitudes semelhantes em momentos específicos, mas isso não significa que preencham os critérios diagnósticos para o transtorno.


Causas

As causas desse comportamento são complexas e podem envolver uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de desenvolvimento, contribuindo para diferentes formas de narcisismo. Embora não exista uma única razão que explique completamente o seu desenvolvimento, alguns fatores foram identificados como possíveis influências. Abaixo, apresentamos esses elementos.


Experiências traumáticas na infância, como supervalorização emocional ou negligência, foram identificadas em um estudo publicado na Psychoanalytic Psychology como influências no desenvolvimento do narcisismo. Crianças que enfrentaram a falta de reconhecimento e validação de suas necessidades emocionais podem buscar constantemente admiração e desenvolver uma crença desproporcional em sua própria importância como forma de compensação.


A predisposição genética também é considerada, conforme sugerido por um estudo na revista PLoS One, que encontrou uma possível base genética para certos traços narcisistas. Essa predisposição pode afetar a forma como uma pessoa processa informações sociais e regula emoções, contribuindo para o desenvolvimento desse comportamento.




O apego inseguro também desempenha um papel, como indicado por um estudo no The Journal of Nervous and Mental Disease. Pessoas com um estilo de apego evitativo, caracterizado por desconfiança e aversão à proximidade emocional, podem estar mais propensas a desenvolver traços narcisistas como uma forma de proteção contra a vulnerabilidade emocional.


Quanto ao prognóstico, ele pode variar, dependendo de diversos fatores, incluindo a disposição da pessoa em buscar ajuda e trabalhar no desenvolvimento pessoal. Em casos em que o narcisismo se manifesta como um transtorno de personalidade, pode ser mais desafiador obter mudanças significativas, devido à resistência ao tratamento e falta de consciência dos próprios problemas.


É crucial reconhecer que o prognóstico difere de pessoa para pessoa, pois cada caso é único. Algumas pessoas demonstram uma maior disposição para trabalhar em seu desenvolvimento pessoal e buscar mudanças positivas, enquanto outras podem enfrentar dificuldades em reconhecer ou admitir seus comportamentos narcísicos.


É crucial destacar que o narcisismo não é uma condição irreversível, e pessoas com essas tendências podem buscar tratamento psicológico para abordar os padrões de pensamento e comportamento associados. Com uma abordagem terapêutica apropriada e a motivação do indivíduo, é possível desenvolver maior empatia, construir relacionamentos mais saudáveis e alcançar uma maior satisfação pessoal.


A transformação pode demandar tempo e requerer um comprometimento pessoal. A duração e o sucesso do tratamento dependerão da gravidade dos traços narcisistas e de outros fatores individuais.


Como discutido neste artigo, ter comportamentos narcisistas em certa medida não é necessariamente prejudicial. No entanto, quando esses comportamentos atingem níveis extremos e começam a afetar os relacionamentos, é aconselhável buscar a orientação de um profissional de saúde mental. Lembre-se de que procurar ajuda é um passo positivo em direção ao desenvolvimento pessoal e à melhoria das relações interpessoais.



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