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Somatização: exercícios para que a mente não adoeça o corpo

Dores de cabeça, má digestão, dores nas costas, problemas de pele, fadiga... Em determinados momentos, todos nós podemos manifestar nosso sofrimento emocional por meio de desconfortos físicos e problemas de saúde. Pode ser que uma carga de estresse prolongada tenha impactado seu corpo, refletindo-se em sintomas específicos.


Terapia total

A somatização ocorre quando uma pessoa experimenta diversas alterações físicas sem uma causa clara identificável. Essas situações podem ser angustiantes, pois, como destacado pelo Journal of Psychosomatic Research, até mesmo os profissionais de saúde hesitam em associar esses sintomas a fatores psicológicos, temendo negligenciar possíveis doenças subjacentes.


Contudo, há boas notícias: existem estratégias para prevenir esse tipo de processo. A seguir, apresentamos como transformar a mente em uma aliada constante para preservar o equilíbrio entre corpo e mente. Esteja atento às seguintes orientações!

A somatização está intimamente ligada à desregulação contínua do sistema nervoso, podendo causar impactos no equilíbrio interno e na saúde geral.



O que é somatização?


A somatização é caracterizada quando o cérebro mantém uma resposta constante ao estresse, resultando em reações desadaptativas a eventos traumáticos ou adversidades. Nesses casos, as habilidades de enfrentamento se mostram insuficientes, levando à desregulação do sistema nervoso central e à liberação excessiva de cortisol e adrenalina no corpo.


Esses processos se refletem em dor, desconforto físico e alterações na saúde, conforme indicado por pesquisas, como aquelas publicadas em Frontiers in Public Health, que apontam a frequência dessas realidades clínicas na população. Essas alterações, geralmente transitórias, não são explicadas por condições médicas, mas têm um impacto significativo na vida das pessoas.


As alterações somáticas mais comuns incluem:

- Dores de cabeça.

- Queda de cabelo.

- Cansaço persistente.

- Distúrbios do sono.

- Tensão na mandíbula.

- Dores nas costas e pescoço.

- Taquicardia e hipertensão.

- Síndrome do intestino irritável.

- Condições da pele, como dermatite ou erupções cutâneas.

- Sintomas gastrointestinais, como digestão pesada, gases ou dor de estômago.





Exercícios para parar de somatizar!


Um dos pesquisadores proeminentes nos processos de somatização é o psicólogo e doutor em medicina biofísica Peter Levine. Seu livro mais notável sobre o tema, "In an Unspoken Voice: How the Body Releases Trauma and Restores Well-Being" (2021), oferece uma abordagem significativa para compreender essa realidade clínica e suas possíveis formas de cura.


Assim, se você busca entender como interromper a somatização para prevenir dores, desconfortos e doenças corporais, as sugestões apresentadas aqui podem ser úteis.


1. Desenvolva a Consciência Somática:

Uma abordagem fundamental na prevenção e tratamento da somatização é a promoção da interocepção, conectando-se com as sensações internas do corpo. Fortalecer essa percepção pode ajudar a identificar emoções relacionadas a desconfortos físicos. A pesquisa na revista BioPsychoSocial Medicine destaca sua utilidade para médicos de cuidados primários. Siga estes passos:

- Deite-se em um local tranquilo.

- Faça respirações profundas por cinco minutos.

- Observe as sensações no corpo.

- Identifique áreas de dor, tensão ou desconforto.

- Concentre-se nesses pontos e reflita sobre a emoção associada.

- Pergunte-se se é medo, estresse ou angústia.

- Explore a origem e trabalhe nas questões psicológicas.



2. Exercício de Grounding ou Aterramento:

Para evitar a somatização, adote a técnica de grounding, que envolve a ativação corporal e sensorial para neutralizar o estresse. Baseada em pesquisa da Frontiers in Psychology, promove atenção plena ao presente. Siga estes passos:

- Estimulação corporal: dance, movimente-se, caminhe, pratique esportes.

- Estimule a visão: observe cenários relaxantes.

- Estimule a audição: ouça músicas agradáveis ou sons ASMR.

- Estimule o paladar: experimente sabores e texturas variados.

- Estimulação olfativa: use fragrâncias naturais como lavanda.

- Tato: envolva-se em atividades manuais, acaricie entes queridos.


3. Exercício de Comunicação Expressiva:

Para prevenir e tratar a somatização, é crucial expressar emoções. A comunicação eficaz pode aliviar o sofrimento emocional e abordar traumas subjacentes. Siga estas diretrizes:

- Aprimore a linguagem emocional, começando frases com "Hoje eu me sinto (…)".

- Inicie um diário para expressar sentimentos diariamente.

- Analise o conteúdo, buscando maneiras de lidar com preocupações.

- Compartilhe com alguém de confiança para desabafar e obter perspectivas.


4. Exercícios de Regulação Emocional:

Tenha uma "caixa de ferramentas emocionais" diária para gerenciar o estresse. Inclua técnicas simples para aliviar emoções difíceis. Exemplos incluem:

- Relaxamento progressivo de Jacobson.

- Respiração profunda com ênfase na respiração diafragmática.

- Mindfulness para foco no presente.


5. Estratégias de Enfrentamento e Autocuidado Físico:

Para lidar com a tensão acumulada e hormônios do estresse, adote estratégias recomendadas pelo Dr. Peter Levine em "Freedom from Pain: Discover Your Body’s Power to Overcome Physical Pain" (2012):

- Exercícios físicos para enfrentar a dor.

- Práticas que proporcionem calma, como abraços, relaxamento com água quente e massagens.


Cuide da Mente para Curar o Corpo:

Reconheça a relação direta entre corpo e mente. Enfrente as situações, priorize-se e pratique o autocuidado. Se necessário, consulte um profissional especializado para lidar com sintomas persistentes ou traumas não abordados. O bem-estar está ao seu alcance com esses exercícios simples.

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